Empresários que doaram tablets para Doria defendem: declínio de empresas é culpa do Estado

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2017 14h19
Johnny Drum/ Jovem Pan

Sócios da empresa Multilaser, os empresários Alexandre Ostrowiecki e Renato Feder estão engajados em mudar o cenário político brasileiro. A dupla passou pelo Pânico na Rádio nesta quinta-feira (06) e esclareceu os seus objetivos ao criarem um ranking online dos melhores e piores senadores e deputados, além de como o Estado está por trás do declínio de empresas nacionais.

Um exemplo? Desde 1988 o governo brasileiro criou 3 milhões de regras tributárias para pequenos empreendedores. “Hoje, quando uma empresa dá errado é culpa do Estado”, defende Alexandre. “É como se amarrassem 10 bolas no seu pé, te arrastando para trás a todo momento sempre que criam em novas regras, multas e documentos.”

Para os empresários – que doaram 100 tablets para São Paulo depois que João Doria respondeu ao vídeo da Amazon criticando sua iniciatica de apagar os grafites da cidade –, o governo muitas vezes “se mete” em assuntos nos quais deveria se manter distante. A privatização é uma dessas questões.

“Governo não deve se importar com o que não é responsabilidade dele. Quanto mais ele se mete, mais espaço tem para corrupção”, afirma Feder.

A dupla ainda defendeu que a privatização é fundamental para não sobrecarregar os deveres do Estado. “Governo tem funções de assistência social que é proteger os pobres com segurança, educação e saúde para que depois eles caminhem com as próprias pernas”, falaram. “Todo o resto, como bancos e Petrobrás tem que ser privatizado.”

Na busca pela mudança do cenário político brasileiro Alexandre e Renato mantêm o site “Políticos”, que oferece um ranking dos senadores e deputados em exercício. A lista avalia dados públicos da Câmara e do Senado e gastos do gabinete para chegar aos resultados.

“Não é verdade que os políticos são todos iguais e não prestam e o ranking diferencia isso e mostra que alguns são muito bons. Tem quem está interessado em seu privilégio e quem está interessado nos brasileiros”, explicou Renato.

“Queremos conscientizar que o Brasil e o Estado precisam ser reformados e nosso papel é apontar para o eleitor para ele votar bem”, completou Alexandre ao emendar que os políticos indiciados pela Lava-Jato, uma vez processados legalmente, caem de posição no ranking.

Com o projeto, eles pretendem “atacar os 3 defeitos do governo que mais machucam o brasileiro comum”: corrupção, privilégio e desperdício.

O ranking pode ser conferido no endereço www.politicos.org.br

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